Depois do “blockbuster” A Teoria de Tudo, o protagonista é
confrontado pelo realizador d’O Discurso
do Rei com uma proposta de parceria. A
rapariga dinamarquesa seria o nome dado ao filme que, mais uma vez, testava
a qualidade do ator principal, este que n’A
Teoria de Tudo representou também a personagem principal de uma biografia
muito intensa.
Baseado numa história verídica, o
realizador compila de forma estratégica, em cerca de duas horas e sem nenhuma
quebra, o sofrimento envolvido na primeira operação de mudança de sexo. É
retratada não só a dor por parte de Lili, mas também por parte da sua parceira.
O tema, até então “tabu”, sobe ao pódio de nomeações para os Globos de Ouro. De
facto, qualquer pessoa, por mais fria que seja, se comove com o enredo do
filme. A discriminação sexual é talvez um dos problemas menos tratados nos
filmes de Hollywood, o que torna este filme tão único.
Contudo, a necessidade de elaborar um
filme comovente entrou de tal modo nas veias do ator que, em alguns momentos,
se torna excessiva, chegando a ser, para alguns, ridícula. A realidade atual
está ali representada; não obstante, em certos momentos, a ação poderia ser um
pouco menos óbvia, e o sofrimento mais pensado.
A rapariga Dinamarquesa é a prova de que devemos lutar sempre pelos nossos sonhos e
deixar-nos voar, tal como o lenço de Lili.
Inês
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