Cortei
as tranças...
li, reli e voltei a ler o livro de António Mota. Uma combinação de drama e emoção que nos faz desligar
do mundo e olhar apenas para a história. No entanto, não se trata de um olhar
para o livro como quem diz “olhem para mim a ler”, mas de um olhar que nos faz
imaginar a história, senti-la.
Uma rapariga é obrigada a crescer
quando depara com a morte da sua mãe, tornando-se, como se costuma dizer, a
“mulher da casa”.
É este o ponto mais alto do livro...
Uma fantástica representação da realidade, um “abre-olhos” que nos mostra que a
vida não é sempre fácil, mas que tem também um lado menos bom, lado esse que
nos é apresentado de uma maneira quase impossível.
A história vai-se desenrolando em
dois tempos: o presente e o passado, o que pode, no inicio, gerar certas
dúvidas no leitor, mas que é, ao mesmo tempo, o ingrediente secreto que
abrilhanta a história. A mensagem não nos é dada de uma forma simples, ela está
lá e o leitor tem que procurá-la, percebê-la.
O único aspeto negativo que encontro
é quando deparo com a página branca que me indica o fim... aqui percebemos que
acabou e sentimos curiosidade de saber o que aconteceu a seguir na história da
rapariga. No entanto, não sabemos e não temos como saber porque o livro acabou
e, com ele, a história.
Não é livro para se desprezar, de
todo... é história para permanecer na mesinha perto da cama para sempre que nos
apeteça ler um bom trabalho... é história que nos dá uma lição de vida, mesmo
quando lida pela décima vez.
Vera
Sem comentários:
Enviar um comentário