sexta-feira, 8 de abril de 2016

Apreciação crítica de “A rapariga Dinamarquesa”


Depois do “blockbuster” A Teoria de Tudo, o protagonista é confrontado pelo realizador d’O Discurso do Rei com uma proposta de parceria. A rapariga dinamarquesa seria o nome dado ao filme que, mais uma vez, testava a qualidade do ator principal, este que n’A Teoria de Tudo representou também a personagem principal de uma biografia muito intensa.
Baseado numa história verídica, o realizador compila de forma estratégica, em cerca de duas horas e sem nenhuma quebra, o sofrimento envolvido na primeira operação de mudança de sexo. É retratada não só a dor por parte de Lili, mas também por parte da sua parceira. O tema, até então “tabu”, sobe ao pódio de nomeações para os Globos de Ouro. De facto, qualquer pessoa, por mais fria que seja, se comove com o enredo do filme. A discriminação sexual é talvez um dos problemas menos tratados nos filmes de Hollywood, o que torna este filme tão único.
Contudo, a necessidade de elaborar um filme comovente entrou de tal modo nas veias do ator que, em alguns momentos, se torna excessiva, chegando a ser, para alguns, ridícula. A realidade atual está ali representada; não obstante, em certos momentos, a ação poderia ser um pouco menos óbvia, e o sofrimento mais pensado.

A rapariga Dinamarquesa é a prova de que devemos lutar sempre pelos nossos sonhos e deixar-nos voar, tal como o lenço de Lili.

Inês

Sem comentários:

Enviar um comentário