sexta-feira, 8 de abril de 2016

Apreciação crítica de "Cortei as tranças"

Cortei as tranças... li, reli e voltei a ler o livro de António Mota. Uma combinação de drama e emoção que nos faz desligar do mundo e olhar apenas para a história. No entanto, não se trata de um olhar para o livro como quem diz “olhem para mim a ler”, mas de um olhar que nos faz imaginar a história, senti-la.
            Uma rapariga é obrigada a crescer quando depara com a morte da sua mãe, tornando-se, como se costuma dizer, a “mulher da casa”.
            É este o ponto mais alto do livro... Uma fantástica representação da realidade, um “abre-olhos” que nos mostra que a vida não é sempre fácil, mas que tem também um lado menos bom, lado esse que nos é apresentado de uma maneira quase impossível.
            A história vai-se desenrolando em dois tempos: o presente e o passado, o que pode, no inicio, gerar certas dúvidas no leitor, mas que é, ao mesmo tempo, o ingrediente secreto que abrilhanta a história. A mensagem não nos é dada de uma forma simples, ela está lá e o leitor tem que procurá-la, percebê-la.
            O único aspeto negativo que encontro é quando deparo com a página branca que me indica o fim... aqui percebemos que acabou e sentimos curiosidade de saber o que aconteceu a seguir na história da rapariga. No entanto, não sabemos e não temos como saber porque o livro acabou e, com ele, a história.

            Não é livro para se desprezar, de todo... é história para permanecer na mesinha perto da cama para sempre que nos apeteça ler um bom trabalho... é história que nos dá uma lição de vida, mesmo quando lida pela décima vez. 

Vera

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