As 9 características que todos os pais de miúdos com sucesso têm em comum
Vários estudos científicos relacionam a educação com o sucesso. E há pelo menos 9 semelhanças entre os pais de filhos que se deram bem na vida
Todos os pais querem que os seus filhos não se metam em sarilhos, tenham sucesso escolar e uma vida cheia de alegrias. Não há uma receita certa, mas várias investigações têm vindo a apontar alguns caminhos e fatores que não determinam mas podem influenciar ou prever o sucesso futuro. Aqui ficam 9 coisas que pais de miúdos bem sucedidos têm em comum:
1 - Põem os miúdos a fazer tarefas
Pode não ser fácil e gerar alguma tensão familiar mas pôr as crianças a fazer algumas tarefas domésticas só lhes faz bem, além de ser uma ajudinha extra para os pais. Julie Lythcott-Haims, da Universidade de Stanford e autora do livro "Como criar um adulto", disse numa Ted Talk: "Se os miúdos não estão a tratar da sua louça é porque alguém o está a fazer por eles. E estão a ser absolvidos não apenas do trabalho, mas também de aprenderem que o trabalho tem de ser feito e que cada pessoa deve contribuir para melhorar o que é de todos".
Segundo a autora, as crianças que cumprem tarefas em casa tornam-se profissionais que colaboram mais com os colegas, criam mais empatia porque reconhecem o esforço necessário e são capazes de desenvolver tarefas de forma independente.
As bases desta teoria são do "Harvard Grant Study", o mais vasto estudo longitudinal dos Estado Unidos sobre o desenvolvimento de pessoas adultas
Ao Tech Insider, Julie Lythcott-Haims explica: "Ao pô-los a fazer tarefas - pôr o lixo na rua, tratar das suas roupas - fazemos com que se apercebam de que têm de trabalhar. Devem saber que as suas vidas não se centram só neles e que pertencem a um ecossistema, a uma família ou a um local de trabalho partilhados".
2 - Mantêm as expectativas altas
Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia, envolvendo 6600 crianças nascidas nos Estados Unidos em 2001 veio descobrir que as expectativas que os pais têm para os seus filhos têm um efeito considerável nas suas realizações futuras: 57% das crianças que tiveram menos sucesso tinham pais que esperavam que chegassem ao ensino superior. Mas 96% das crianças que foram bem sucedidas tiveram pais que ambicionavam que chegassem e concluíssem o ensino superior.
3 - Ensinam-lhes capacidades sociais
1 - Põem os miúdos a fazer tarefas
Pode não ser fácil e gerar alguma tensão familiar mas pôr as crianças a fazer algumas tarefas domésticas só lhes faz bem, além de ser uma ajudinha extra para os pais. Julie Lythcott-Haims, da Universidade de Stanford e autora do livro "Como criar um adulto", disse numa Ted Talk: "Se os miúdos não estão a tratar da sua louça é porque alguém o está a fazer por eles. E estão a ser absolvidos não apenas do trabalho, mas também de aprenderem que o trabalho tem de ser feito e que cada pessoa deve contribuir para melhorar o que é de todos".
Segundo a autora, as crianças que cumprem tarefas em casa tornam-se profissionais que colaboram mais com os colegas, criam mais empatia porque reconhecem o esforço necessário e são capazes de desenvolver tarefas de forma independente.
As bases desta teoria são do "Harvard Grant Study", o mais vasto estudo longitudinal dos Estado Unidos sobre o desenvolvimento de pessoas adultas
Ao Tech Insider, Julie Lythcott-Haims explica: "Ao pô-los a fazer tarefas - pôr o lixo na rua, tratar das suas roupas - fazemos com que se apercebam de que têm de trabalhar. Devem saber que as suas vidas não se centram só neles e que pertencem a um ecossistema, a uma família ou a um local de trabalho partilhados".
2 - Mantêm as expectativas altas
Um estudo conduzido pela Universidade da Califórnia, envolvendo 6600 crianças nascidas nos Estados Unidos em 2001 veio descobrir que as expectativas que os pais têm para os seus filhos têm um efeito considerável nas suas realizações futuras: 57% das crianças que tiveram menos sucesso tinham pais que esperavam que chegassem ao ensino superior. Mas 96% das crianças que foram bem sucedidas tiveram pais que ambicionavam que chegassem e concluíssem o ensino superior.
3 - Ensinam-lhes capacidades sociais
A simpatia e abertura para fazer amigos podem ser fundamentais para definir o sucesso dos seus filhos. Dois grupos de investigadores - da Universidade da Pensilvânia e da Universidade Duke na Carolina do Norte - avaliaram mais de 700 crianças de vários estados americanos durante o período em que frequentaram o jardim-de-infância e até aos 25 anos. O que descobriram foi uma correlação muito forte entre as capacidades sociais reveladas e praticadas no jardim-de-infância e o seu sucesso enquanto adultos duas décadas depois.
Segundo as conclusões do estudo, as crianças com mais competências sociais - que cooperam e ajudam os colegas e que parecem ter facilidade em compreender os seus sentimentos - têm uma maior probabilidade de conseguir um diploma universitário e ter um trabalho a tempo inteiro aos 25 anos do que aqueles que revelavam poucas capacidades sociais no jardim-de-infância. Os miúdos com mais limitações ao nível das capacidades sociais também revelaram uma maior probabilidade serem presos, terem problemas com álcool e de se candidatarem a habitações sociais
O que o estudo mostra é que " ajudar as crianças a desenvolver capacidades sociais e emocionais é uma das coisas mais importantes que podemos fazer para os preparar para um futuro saudável", diz Kristin Schubert, Diretora da publicação Robert Wood Johnson Foundation que reuniu os resultados deste estudo.
4 - Têm relações saudáveis com os filhos e parceiros
Segundo as conclusões do estudo, as crianças com mais competências sociais - que cooperam e ajudam os colegas e que parecem ter facilidade em compreender os seus sentimentos - têm uma maior probabilidade de conseguir um diploma universitário e ter um trabalho a tempo inteiro aos 25 anos do que aqueles que revelavam poucas capacidades sociais no jardim-de-infância. Os miúdos com mais limitações ao nível das capacidades sociais também revelaram uma maior probabilidade serem presos, terem problemas com álcool e de se candidatarem a habitações sociais
O que o estudo mostra é que " ajudar as crianças a desenvolver capacidades sociais e emocionais é uma das coisas mais importantes que podemos fazer para os preparar para um futuro saudável", diz Kristin Schubert, Diretora da publicação Robert Wood Johnson Foundation que reuniu os resultados deste estudo.
4 - Têm relações saudáveis com os filhos e parceiros
Os pais podem estar separados ou juntos mas o que importa, em nome do sucesso dos mais novos, é que mantenham relações saudáveis e positivas com eles e entre si. De acordo com um estudo da Universidade de Illinois, as crianças que vivem em ambientes de conflito tendem a ter um futuro mais instável do que as outras.
O professor e autor do estudo, Robert Hughes, acrescenta ainda que há crianças com famílias monoparentais saudáveis que reportam muito mais sucesso no futuro do que as que têm os pais juntos mas problemas de conflito permanente entre ambos. Um ambiente calmo, de respeito e compreensão é sempre propicio a um desenvolvimento de sucesso.
Os problemas de adaptação da relação dos pais no pós-divórcio, que por vezes vem acompanhado de alguma tensão, também têm consequências negativas para as crianças, diz Robert Hughes.
Um outro estudo veio concluir que o ideal será um contacto frequente entre as crianças e os pais sem a custódia, em vez da luta ou discussão pela custódia e visitas surpresa ou esporádicas. Ter cuidado com este tipo de postura facilita a adaptação das crianças ao divórcio e, depois, à vida futura.
5 - Têm um nível educacional mais elevado
O professor e autor do estudo, Robert Hughes, acrescenta ainda que há crianças com famílias monoparentais saudáveis que reportam muito mais sucesso no futuro do que as que têm os pais juntos mas problemas de conflito permanente entre ambos. Um ambiente calmo, de respeito e compreensão é sempre propicio a um desenvolvimento de sucesso.
Os problemas de adaptação da relação dos pais no pós-divórcio, que por vezes vem acompanhado de alguma tensão, também têm consequências negativas para as crianças, diz Robert Hughes.
Um outro estudo veio concluir que o ideal será um contacto frequente entre as crianças e os pais sem a custódia, em vez da luta ou discussão pela custódia e visitas surpresa ou esporádicas. Ter cuidado com este tipo de postura facilita a adaptação das crianças ao divórcio e, depois, à vida futura.
5 - Têm um nível educacional mais elevado
As expectativas pessoais são, muitas vezes, o reflexo das expectativas e ambições dos pais. Um estudo de 2014 da psicóloga Sandra Tang, da Universidade de Michigan, veio afirmar que as mães que acabam o secundário e a faculdade têm mais probabilidade de vir a criar filhos que sigam o mesmo caminho.
O estudo teve a participação de 14 mil crianças a frequentarem o jardim de infância entre 1998 e 2007 e concluiu que os filhos de mães adolescentes (de 18 anos ou mais novas) têm menor probabilidade de concluir os estudos secundários e superiores.
Ou seja, as aspirações educacionais dos pais têm influência sobre as aspirações dos filhos. Num estudo longitudinal feito em 2009 por pelo psicólogo Eric Dubow e que incluiu os testemunhos de 856 pessoas de zonas rurais veio descobrir-se que "o nível educacional dos pais quando as crianças têm 8 anos faz prever de forma significativa o seu sucesso educacional e profissional nos 40 anos de vida seguintes".
6 - São pais menos stressados
O estudo teve a participação de 14 mil crianças a frequentarem o jardim de infância entre 1998 e 2007 e concluiu que os filhos de mães adolescentes (de 18 anos ou mais novas) têm menor probabilidade de concluir os estudos secundários e superiores.
Ou seja, as aspirações educacionais dos pais têm influência sobre as aspirações dos filhos. Num estudo longitudinal feito em 2009 por pelo psicólogo Eric Dubow e que incluiu os testemunhos de 856 pessoas de zonas rurais veio descobrir-se que "o nível educacional dos pais quando as crianças têm 8 anos faz prever de forma significativa o seu sucesso educacional e profissional nos 40 anos de vida seguintes".
6 - São pais menos stressados
De acordo com uma pesquisa recente, citada pelo Washington Post, o número de horas que as mães passam com os seus filhos - entre os 3 e os 11 anos - tem pouco impacto no futuro comportamento, bem-estar e sucesso dos miúdos. O que verdadeiramente pesa é a qualidade e calma dos momentos que partilham.
"O stress das mães, especialmente causado por problemas profissionais ou precisamente por não terem tempo para estar com os filhos, pode afetá-los de forma negativa", diz Kei Nomaguchi, um dos autores desta pesquisa.
Chama-se contágio emocional e é o fenómeno psicológico pelo qual as pessoas "apanham" os sentimentos (mais ou menos como quem apanha um vírus ou uma constipação) e ajuda a explicar estes resultados. Da mesma forma que tendemos a partilhar os mesmos sentimentos com os nossos amigos quando estão felizes ou tristes, quando os apais estão exaustos, frustrados e em stresse, esse estado emocional pode ser transferido para os filhos
7 - Ensinam matemática aos filhos desde cedo
"O stress das mães, especialmente causado por problemas profissionais ou precisamente por não terem tempo para estar com os filhos, pode afetá-los de forma negativa", diz Kei Nomaguchi, um dos autores desta pesquisa.
Chama-se contágio emocional e é o fenómeno psicológico pelo qual as pessoas "apanham" os sentimentos (mais ou menos como quem apanha um vírus ou uma constipação) e ajuda a explicar estes resultados. Da mesma forma que tendemos a partilhar os mesmos sentimentos com os nossos amigos quando estão felizes ou tristes, quando os apais estão exaustos, frustrados e em stresse, esse estado emocional pode ser transferido para os filhos
7 - Ensinam matemática aos filhos desde cedo
Em nome do sucesso dos seus filhos, não os poupe das contas
Uma análise feita em 2007 a 35 000 crianças americanas, canadianas e inglesas a frequentar o ensino pré-escolar revelou que o desenvolvimento de capacidades matemáticas pode ser altamente vantajoso para o seu futuro
"A importância primordial das capacidades matemáticas desde cedo - concretamente de começar a escola com conhecimentos dos números, da ordem dos números e outros conceitos matemáticos simples - é uma das principais conclusões do nosso estudo", disse o coautor Greg Duncan num comunicado de imprensa sobre o tema.
"A mestria da matemática desde cedo faz prever não apenas as capacidades matemáticas, faz também prever as futuras capacidades de leitura", acrescentou Greg Duncan.
8 - Valorizam os esforços dos seus filhos
Uma análise feita em 2007 a 35 000 crianças americanas, canadianas e inglesas a frequentar o ensino pré-escolar revelou que o desenvolvimento de capacidades matemáticas pode ser altamente vantajoso para o seu futuro
"A importância primordial das capacidades matemáticas desde cedo - concretamente de começar a escola com conhecimentos dos números, da ordem dos números e outros conceitos matemáticos simples - é uma das principais conclusões do nosso estudo", disse o coautor Greg Duncan num comunicado de imprensa sobre o tema.
"A mestria da matemática desde cedo faz prever não apenas as capacidades matemáticas, faz também prever as futuras capacidades de leitura", acrescentou Greg Duncan.
8 - Valorizam os esforços dos seus filhos
É importante que as crianças entendam de onde vem o sucesso: do esforço e do trabalho mais do que do talento. Há já várias décadas que a psicóloga Carol Dweck, da Universidade de Stanford, tem vido a descobrir as formas como crianças (e adultos) pensam acerca do sucesso. As pesquisas e conclusões estão sintetizadas no livro "Mindset: The New Psychology of Success" e destacam-se duas formas fundamentais de pensar o sucesso:
1) Uma abordagem fixa que assume que o nosso caráter, inteligência e capacidade criativa não mudam de forma significativa, e que o sucesso é a afirmação da inteligência natural de cada um. Lutar pelo sucesso ou tentar evitar o insucesso a qualquer custo é uma forma de manter os níveis e expectativas de cada um.
2) Uma abordagem em crescimento que pressupõe o desafio e a superação. Quem a tem vê as falhas como uma forma de melhorar, evoluir e falhar menos.
A diferença entre estas duas abordagens pode estar na educação. Se os pais reagem aos sucessos dos filhos, como as boas notas, com base na sua inteligência, vão implantar neles uma abordagem fixa relativamente ao sucesso. Se, pelo contrário, os pais estimulam nos filhos a ideia de que os seus sucessos são baseados no esforço vão impulsionar o desenvolvimento de uma abordagem em crescimento.
9 - As mães trabalham
1) Uma abordagem fixa que assume que o nosso caráter, inteligência e capacidade criativa não mudam de forma significativa, e que o sucesso é a afirmação da inteligência natural de cada um. Lutar pelo sucesso ou tentar evitar o insucesso a qualquer custo é uma forma de manter os níveis e expectativas de cada um.
2) Uma abordagem em crescimento que pressupõe o desafio e a superação. Quem a tem vê as falhas como uma forma de melhorar, evoluir e falhar menos.
A diferença entre estas duas abordagens pode estar na educação. Se os pais reagem aos sucessos dos filhos, como as boas notas, com base na sua inteligência, vão implantar neles uma abordagem fixa relativamente ao sucesso. Se, pelo contrário, os pais estimulam nos filhos a ideia de que os seus sucessos são baseados no esforço vão impulsionar o desenvolvimento de uma abordagem em crescimento.
9 - As mães trabalham
Mais do que uma tendência em crescimento, as mulheres e mães trabalhadoras são uma banalidade dos dias de hoje. E isso parece ser positivo para o sucesso das crianças.
De acordo com uma pesquisa de Harvard há benefícios significativos no facto de as crianças crescerem com mães que trabalham. Este estudo descobriu que as filhas de mães que trabalham fora de casa estudam até mais tarde e têm maior probabilidade - mais 23% do que as filhas de mães que trabalham em casa - de vir a ter um cargo profissional de supervisão e a ganhar mais dinheiro.
No caso dos filhos (rapazes) de mães que trabalham fora de casa, o estudo também revelou que tendem a realizar mais tarefas domésticas e tarefas relacionadas com os filhos - passam mais 7h30 a tratar da casa e mais 25 minutos por semana a tratar dos filhos do que os filhos de mães que não têm empregos fora.
De acordo com uma pesquisa de Harvard há benefícios significativos no facto de as crianças crescerem com mães que trabalham. Este estudo descobriu que as filhas de mães que trabalham fora de casa estudam até mais tarde e têm maior probabilidade - mais 23% do que as filhas de mães que trabalham em casa - de vir a ter um cargo profissional de supervisão e a ganhar mais dinheiro.
No caso dos filhos (rapazes) de mães que trabalham fora de casa, o estudo também revelou que tendem a realizar mais tarefas domésticas e tarefas relacionadas com os filhos - passam mais 7h30 a tratar da casa e mais 25 minutos por semana a tratar dos filhos do que os filhos de mães que não têm empregos fora.
In Visão (texto adaptado)
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