I
Versão A: b a b d c
Versão B: d b a c c
II
- O tema desta cantiga de amigo é a saudade.
- Na primeira parte, constituída pelas quatro primeiras estrofes, a donzela, absorvida pela espera do amigo, não repara que a maré vai subindo. Na segunda parte, constituída pelas duas últimas estrofes, a jovem apercebe-se do perigo que corre, concluindo que morrerá à espera do seu amado.
- Num primeiro momento, a jovem revela preocupação por se encontrar cercada pelo mar, mas ainda demonstra esperança de que o seu amado virá. Em seguida, num crescendo de angústia, toma consciência de que não tem barqueiro, nem remador, que a levem para terra. Finalmente, desiste e renuncia à salvação.
- O mar simboliza os perigos do desconhecido (inclusive do amor).
- A composição poética constitui um testemunho da mentalidade medieval, patente no facto de a jovem esperar o seu amado junto do altar da ermida (religiosidade). Ficamos também a saber algo acerca do modo de vida - como o hábito de se ir em romaria a certos locais (a ermida de Sam Simion) - ou acerca da condição feminina (a mulher passiva).
III
O programa Memória do Mundo da
Organização das Nações Unidas para a Educação, Ciência e Cultura, que tem como
objetivo preservar e valorizar o património
documental, registou dois manuscritos medievais portugueses, o Apocalipse de Lorvão e o Comentário ao Apocalipse do Beato de Liébana.
O primeiro, escrito pelo padre Beato de Liébana em 786, é uma interpretação do
último livro do Novo Testamento, o Apocalipse, que um
monge do mosteiro de Lorvão copiou no século XII.
76 palavras
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