Síntese: redução de um texto ao
essencial por seleção crítica das ideias-chave (mobilização de informação
seletiva, conetores); manutenção do tema e da informação significativa, encadeamento
lógico dos tópicos tratados, correção linguística.
- Redução do texto em +/- 1/4 do original, mas mantendo a neutralidade, a fidelidade e a coerência do texto original
- Mantém o assunto e as ideias principais do texto original
- As palavras ou expressões chave mantêm-se na maioria dos casos
- A informação do texto original é apresentada de acordo com o seu grau de importância
- Os tempos verbais e as pessoas gramaticais podem ser alterados relativamente ao texto original
- Há substituição de palavras ou expressões por sinónimos mais curtos
- As orações subordinadas relativas podem ser substituídas por adjetivos, nomes, particípios ou gerúndios
- O texto é apresentado na terceira pessoa, com possíveis referências ao autor, destacando as suas opiniões ou intenções
O prazer das fardas
Sei que é quase impossível imaginá-lo, mas
houve de facto uma altura na História do Mundo em que o uniforme foi um
fenómeno socialmente mal visto. Aí há uns trinta anos lutou-se pela liberdade
do traje e tudo foi largando as fardas, batas, hábitos e costumes que se
consideravam humilhantes e ofensivos à consciência da unicidade do utilizador.
A começar pelo que, já em declínio, se chamava pessoal doméstico, as escolas,
restaurantes, autocarros e o exército propriamente dito borbulhava então de uma
gente garrida e à sua vontade que tratava imaginativa o tema do uniforme,
avivando com flores em locais desconcertantes, lenços à pirata e todo o género
de toques pessoais uma vida em sociedade até aí pequenita e sempre igual.
Mas a liberdade tem muitos perigos e muitas ameaças e o mundo voltou, diríamos que por instinto, à uniformização protectora do uniforme. Do McDonald’s aos Correios de Portugal, passando por estudantes e donas de boutiques, hoje tudo veste farda, naquela noção mágica de que farda é competência e assumindo sempre que uma pessoa com farda é mais do que uma pessoa.
Mas a liberdade tem muitos perigos e muitas ameaças e o mundo voltou, diríamos que por instinto, à uniformização protectora do uniforme. Do McDonald’s aos Correios de Portugal, passando por estudantes e donas de boutiques, hoje tudo veste farda, naquela noção mágica de que farda é competência e assumindo sempre que uma pessoa com farda é mais do que uma pessoa.
Luísa Costa Gomes (182 palavras)
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