O período que medeia entre os séculos X e XIV constitui, pois, a época por excelência do Galego-Português. É, no entanto, a partir de finais do século XII que a língua falada se afirma e desenvolve como língua literária por excelência, num processo que se estende até cerca de 1350, e que, muito embora inclua também manifestações em prosa, alcança a sua mais notável expressão na poesia que um conjunto alargado de trovadores e jograis, galegos, Portugueses, mas também castelhanos e leoneses, nos legou.
Convém, pois, ter presente, que quando falamos de poesia medieval galego-portuguesa falamos menos em termos espaciais do que em termos linguísticos, ou seja, trata-se essencialmente de uma poesia feita em Galego-Português por um conjunto de autores ibéricos, num espaço geográfico alargado e que não coincide exatamente com a área mais restrita onde a língua era efetivamente falada.
Lopes, Graça Videira; Ferreira, Manuel Pedro et al. (2011-),
Cantigas Medievais Galego Portuguesas [base de dados online]. Lisboa: Instituto de Estudos Medievais, FCSH/NOVA. [Consulta em 27/10/2015] Disponível em: <http://cantigas.fcsh.unl.pt>.
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