O bem que faz ler um livro, em sete razões comprovadas pela ciência In http://visao.sapo.pt/actualidade/sociedade/ (consultado em 15/1/2017)
De fomentar a inteligência a prolongar a esperança média de vida, a leitura só traz benefícios
O primeiro livro impresso data do séc. XV, mas antes de Cristo já
o Homem começara a escrever em
em folhas de papiro, no Egito. Desde então quase todo o conhecimento ficou
gravado em páginas de livros e, nas últimas décadas, as obras publicadas
cresceram ainda mais em número, assim como foram surgindo investigações sobre
os benefícios da leitura.(…)
ALARGA O VOCABULÁRIO
Nenhuma
atividade expõe uma pessoa a maior e mais diversificada quantidade de palavras.
Mais do que assistir a programas televisivos de conversas, vulgo talk shows, ou
infantis, como a "Rua Sésamo", e mais do que uma conversa de amigos,
mesmo que sejam todos licenciados, é a leitura que aporta um vocabulário mais
alargado, indica um estudo da Universidade da Califórnia.
DESPERTA A
INTELIGÊNCIA
A ciência já
mostrou que a genética e a educação são fatores que influenciam a inteligência,
sendo que ler é uma das principais fontes de conhecimento. Um estudo de 2014
com crianças, realizado por investigadores da Universidade de Edimburgo, na
Escócia, e da King's College of London, em Inglaterra, concluiu que a evolução
das capacidades de leitura "pode resultar em melhorias nas habilidades
cognitivas verbais e não verbais", que "são de vital importância ao
longo da vida". E quanto mais cedo se começar, melhor.
PREVINE DOENÇAS
Correr e ir ao
ginásio são atividades físicas na moda porque o exercício fortalece o corpo e
promove o bem-estar. Mas, por mais variado que seja o treino, nem todos os
músculos são trabalhados. Para garantir que nenhum fica para trás, ler um livro
é um bom remédio: inúmeros estudos indicam que a leitura estimula os músculos
do cérebro e torna-os mais fortes, podendo atuar como fator
preventivo em doenças degenerativas como o Alzheimer. Está
também provado que pessoas com profissões intelectualmente mais exigentes têm
menor propensão para desenvolver patologias ligadas à deterioração do cérebro.
REDUZ O STRESSE
Nem caminhar, nem
ouvir música, nem beber um chá. Nada resultou melhor do que ler um livro para
acalmar um coração acelerado, segundo uma pesquisa liderada pelo neuropsicólogo
britânico David Lewis, da Universidade de Sussex. Bastaram seis minutos de leitura
para os níveis de stresse das pessoas que aceitaram participar diminuírem até
68%, contra um máximo de 61% quando tentaram acalmar através da música. Um chá
(54%) ou uma caminhada (42%), outras alternativas avaliadas, mostraram-se menos
eficazes.
PROMOVE A EMPATIA
Ainda que um livro
seja encarado como uma companhia, ler é em si mesmo um ato solitário. Mas entre
os seus benefícios encontra-se também a tendência para causar melhor impressão
nos outros. Um estudo de dois investigadores holandeses mostrou que a
leitura de narrativas ficcionadas influencia características própria da
condição humana como a capacidade de criar empatia. E esse é um trunfo
importante em qualquer relação, seja pessoal ou profissional.
COMBATE O
ENVELHECIMENTO DO CÉREBRO
Há uma relação
direta entre a atividade cognitiva realizada ao longo dos anos e a perda das
capacidades cognitivas associadas ao envelhecimento natural, como a memória, o
raciocínio ou a perceção. Quanto maior atenção se dedicar à primeira, por
exemplo através da leitura de livros, mais lenta se torna a segunda, concluiu
um estudo de 2013 publicado no jornal científico Neurology,
da Academia Americana de Neurologia.
AUMENTA A ESPERANÇA
MÉDIA DE VIDA
Mais dois anos. Em rigor, 23 meses. Como a VISÃO deu
conta em agosto, um estudo da Universidade de Yale, nos Estados Unidos, revelou
que, em média, é esse o tempo que vivem a mais as pessoas que leem um livro 30
minutos por dia, quando comparadas com as que não o fazem. Os investigadores
chegaram a esta conclusão ao fim de 12 anos de estudo, publicado
no jornal Social Science and Medicine.
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