Grupo I
A relação entre o sujeito poético e o
cenário físico é importante na construção do sentido do poema. Com efeito, “o
Sol encoberto” (v. 1) e a “luz quieta e duvidosa” (v. 2) criam um ambiente
propício ao devaneio e à rememoração, naquela “praia” (v. 3) que se torna
“deleitosa” (v. 3) por ser o espaço em que o eu lírico se move, “imaginando” a sua “inimiga” (v. 4). A
instabilidade do tempo atmosférico pode ainda refletir o caráter algo
inconstante da amada.
Do ponto de vista físico, é bela
(“face tão fermosa”, v. 6) e graciosa (“os cabelos concertando”, v. 5 e “a mão
na face”, v. 6). O seu retrato psicológico, porém, é complexo: se o sujeito
poético lhe exalta a alegria (“alegre”, v. 7) ou a candura (“olhos tão
isentos”, v. 10), noutros passos adivinhamos uma certa instabilidade. De facto,
tanto se mostra alegre, como melancólica (“cuidosa”, também no v. 7); tanto
está inquieta (“movida”, v. 11), como calma (“segura”, idem); tanto está
“triste”, como “risonha” (v.12).
Os dois versos finais constituem uma meditação
acerca da distância intransponível entre a ilusão que a memória é capaz de criar
e a realidade da vida presente. Com efeito, uma vez que o sujeito lírico afirma
que a ausência “sempre dura” (v. 14), depreendemos que este se encontra só, reduzido
aos seus “pensamentos” (v. 13)
Grupo II
Esta relação metafórica é estabelecida
porque os navegadores, numa primeira fase, desembarcam dispostos a realizar uma
caçada. Quando avistam as ninfas, apercebem-se de que realizarão um tipo
diferente de perseguição, mas que no texto é descrita em moldes idênticos aos
de uma caçada: os portugueses assumem o papel de predadores e as deusas simulam
serem presas assustadas.
Grupo III
O
título do texto de Vasco Graça Moura chama a atenção para o facto de a ilha
referida nos Cantos IX e X de Os Lusíadas
não possuir a denominação atribuída tradicionalmente.
No
segmento «[…] "amada" refere-se a pátria e "namorada" à
Ilha» (linhas 11-12), o enunciador utiliza uma elipse da forma verbal.
Segundo
o texto, o «imperativo prático» (linha 16) que obrigou os marinheiros a aportar
à ilha namorada corresponde à necessidade de abastecimento de água potável.
O
referente de «-lo» (linha 25) é «subepisódio» (linha 25).
O
texto apresentado pode enquadrar-se na tipologia expositiva.
Função
sintática desempenhada por «Ilha dos Amores»: COMPLEMENTO OBLÍQUO.
Função
sintática desempenhada por «da ilha»: COMPLEMENTO DO NOME
A ETIMOLOGIA DA PALAVRA REMETE PARA UM “LUGAR
INEXISTENTE”, “IRREAL” (OU ATÉ “NENHUM LUGAR”) E, EFETIVAMENTE, VASCO GRAÇA
MOURA REFERE QUE O POETA NÃO NOMEIA A ILHA QUE DESCREVE NOS DOIS ÚLTIMOS CANTOS
DA EPOPEIA, SENDO A SUA EXISTÊNCIA PURAMENTE LITERÁRIA.
«que
nunca esse topónimo é usado»: ORAÇÃO SUBORDINADA SUBSTANTIVA COMPLETIVA
«para
nela podermos encontrar várias simetrias»: ORAÇÃO SUBORDINADA ADVERBIAL FINAL
Grupo IV
Resposta livre
N.B.
Os testes e cenários de correção baseiam-se frequentemente em exames (que podem
encontrar no “site” http://iave.pt/np4/provas.html
) ou em materiais fornecidos por editoras.
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