segunda-feira, 21 de março de 2016

Cenário de correção 10.ºE

Na redação de um texto de apreciação crítica, o autor deve produzir um discurso sem ambiguidade, definindo claramente a sua opinião em relação ao objeto analisado. V

Num texto de apreciação crítica deve predominar uma linguagem valorativa, que permita perceber a posição favorável ou desfavorável do crítico. V

Um texto de apreciação crítica carateriza-se pela ausência de recursos expressivos, de modo a tornar o texto mais objetivo. F

No final da redação de um texto de apreciação crítica, o autor deve proceder à sua revisão de modo a garantir a correção linguística. V

Um texto de apreciação crítica deve centrar-se exclusivamente nos aspetos negativos do objeto em análise. F

 

- Registar, em forma de tópicos, os aspetos mais e/ou menos apreciados.

- Redigir o texto, apresentando o objeto analisado e a perspetiva de análise crítica. Registar os argumentos que sustentem a apreciação.

- Apresentar, de modo breve, as considerações finais.

- Rever o texto, tendo em conta o encadeamento lógico dos argumentos e a correção linguística.

 

A enumeração «Rainha, Cavalo, Bispo» presente no título do texto de Gisela Pena remete para o universo do jogo de xadrez referido no romance de Pérez-Reverte.

 

No primeiro parágrafo do texto, a autora refere-se à influência, na obra de Arturo Pérez-Reverte, da experiência deste autor como jornalista.

 

Os constituintes colocados em itálico na frase “Como repórter de imprensa, rádio e televisão, viveu a maior parte dos conflitos internacionais dos últimos dezoitos anos.” (linhas 2-3) desempenham a função sintática de modificadores restritivos do nome.

 

A autora recorre ao conetor “Aliás” (linha 3) com o valor de ênfase: a propósito, por sinal, seja dito de passagem.

 

A expressão «resgatou, para a sua literatura» (linhas 5-6) refere-se à inserção de temas como a fragilidade da condição humana nos livros de Pérez-Rerverte.A expressão «Assinalado pela crítica» (linha 7) refere-se a «o seu romance» (linha 7).

 

Com a referência a «um leitor não já inocente» (linha 8), a crítica indica que os leitores do romance estão habituados a narrativas sobre enigmas.

 

Através das expressões «No final do século XV» (linha 16) e «Cinco séculos depois» (linha 19), o leitor pode aperceber-se da duração do mistério do tipo de pintura que está no centro do romance.

 

O constituinte destacado na passagem « No final do século XV, um velho mestre flamengo oculta, num dos seus quadros, a representação de uma partida de xadrez (…) » (linhas 16-17) desempenha a função sintática de complemento do nome.

 

O constituinte destacado no excerto « Casada com Fernando Altenhoffen Ostenburgo, um dos cavaleiros do quadro, Beatriz havia entregado a sua alma a Roger Arras, (…)» (linhas 16-17) desempenha a função sintática de modificador apositivo do nome.

 

A oração introduzida por “quando” em “O silêncio do quadro estilhaça-se quando uma jovem restauradora de arte, um antiquário homossexual e um excêntrico jogador de xadrez procuram resolver o enigma. » (linhas 19-21) é subordinada adverbial temporal.

 

Com a interrogação «Quem matou o cavaleiro?» (linha 32), a crítica pretende demonstrar ao leitor o enigma que o romance procura desvendar.

 

A oração introduzida por “que” em “Quando pintou o quadro, Van Huys ajustou contas com o assassino de Roger Arras, não imaginando que o enigma, levantado por si, se iria perpetuar no tempo (…) » (linhas 31-33) é subordinada substantiva completiva.

 

Ao afirmar que o romance A Tábua de Flandres se estrutura «como um mistério […], um enigma tecido por outros enigmas» (linhas 37-38), a autora evidencia a dimensão policial da obra.

O vocábulo verosimilhança (linha 40) designa a qualidade de algo que parece verdadeiro.

A expressão «discurso que não influi nela de forma excessiva» (linha 41) refere‑se à forma sóbria como a verosimilhança influi na narrativa.

No parágrafo final, a autora defende que as personagens do quadro de Van Huys transformam a vida das personagens do romance.

 

Sem comentários:

Enviar um comentário